sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

A OUSADIA DO ESPÍRITO NOS TEMPOS ATUAIS.



Estudo

Retiro

A’campunção
2013
Atos 4:

"31 - E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus."


Textos Bíblicos de Apoio:


"E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus." (Atos 4:31)

"Então eles, vendo a ousadia de Pedro e João, e informados de que eram homens sem letras e indoutos, maravilharam-se e reconheceram que eles haviam estado com Jesus." (Atos 4:13)

"Agora, pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças, e concede aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua palavra;" (Atos 4:29)

"Mas Paulo e Barnabé, usando de ousadia, disseram: Era mister que a vós se vos pregasse primeiro a palavra de Deus; mas, visto que a rejeitais, e não vos julgais dignos da vida eterna, eis que nos voltamos para os gentios;" (Atos 13:46)

"Porque o rei, diante de quem falo com ousadia, sabe estas coisas, pois não creio que nada disto lhe é oculto; porque isto não se fez em qualquer canto." (Atos 26:26)

"Tendo, pois, tal esperança, usamos de muita ousadia no falar." (II Coríntios 3:12)

"Grande é a ousadia da minha fala para convosco, e grande a minha jactância a respeito de vós; estou cheio de consolação; transbordo de gozo em todas as nossas tribulações." (II Coríntios 7:4)

"Rogo-vos, pois, que, quando estiver presente, não me veja obrigado a usar com confiança da ousadia que espero ter com alguns, que nos julgam, como se andássemos segundo a carne." (II Coríntios 10:2)

"Envergonhado o digo, como se nós fôssemos fracos, mas no que qualquer tem ousadia (com insensatez falo) também eu tenho ousadia." (II Coríntios 11:21)

"No qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele." (Efésios 3:12)

"Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus," (Hebreus 10:19)


INTRODUÇÃO

A vida Cristã não é constituída apenas do usufruto da graça em benefício próprio. Este é lado ativo de ser cristão e se caracteriza como defensiva, se firmando cada dia na graça e utilizando-a para se manter em Cristo.

No entanto, há outro lado que boa parte dos cristãos não fazem uso dela na prática de vida. Esse lado é o ofensivo. De ser ousado, demonstrar poder, incomodar (num bom sentido) as pessoas com a pregação do evangelho, com a observância e prática das Sagradas Escrituras na sua vida diária e também pelo simples fato de ser cristão.

O cristianismo tem uma característica singular. Ele tem objetivos definidos e podem afrontar uma realidade social, moral e espiritual qualquer. Para tanto, qualquer crente em particular, já é considerado uma ameaça aos sistemas então existentes, porque na sua natureza está contida a obrigatoriedade de “incomodar” as outras pessoas com a mensagem do Evangelho, a filosofia de Cristo e a implantação de um Reino que não tem nenhuma comunhão com este mundo racional e cruel.

Diante de tantas situações antagônicas (contraditórias), o cristão tem duas alternativas:

(1)   Ser autêntico cristão

(2)   Ser cristão passivo.

Se optar pela primeira estará cumprindo cabalmente a essência do Cristianismo e a vontade de Deus, atendendo ao ide de Cristo (Mt 28.18-20) e pagará o preço de ser um incomodo ao mundo que o cerca.

Mas se optar pela segunda, terá de viver sob limitações (e é o que a maioria de nós faz, direta ou indiretamente), sendo um pouco mais apático, conformista, satisfeito com as coisas deste mundo sem lhe causar nenhuma oposição. Daí a situação de apatia, contentamento, “deixa assim pra ver como fica”.

         A situação passa a ser bem complicada quando Cristo afirma que o seu Reino não é deste mundo (Jo 18.36) e com isso o recado do cristianismo está muito bem entendido: há dois reinos em conflito. Em consequência, há de fato uma guerra que se trava no mundo espiritual e ela é sem tréguas.  (Efésios 6:12-18)

O próprio cristianismo veio para criar uma cultura totalmente nova e com isso vai contra a cultura existente neste mundo. Então, tem-se uma contracultura estabelecida e que gera sérios conflitos a cultura corrente do mundo.

Portanto, ser cristão é muito mais do que pertencer a uma denominação. Muito mais que fazer parte de um conjunto musical, é ir além das quatro paredes de um templo cristão. Cristão é aquele que tem compromisso com a eternidade e que servirá a Deus e ao Cordeiro cujos nomes estão escritos no livro da vida (Ap 21.27). Diante dessa realidade, sua posição no mundo deve ser de extrema ousadia no falar, no ser enquanto ser cristão, no anúncio da Palavra, no testemunho, comunhão com Deus etc.

1.O QUE É OUSADIA?


Aurélio define, de modo positivo, a palavra ousadia como qualidade de ousado; coragem, destemor, arrojo, galhardia. Mas também de modo negativo por temeridade, imprudência, audácia, petulância, atrevimento.

Segundo o Dicionário Vine OUSAR no grego assume alguns sentidos:

a) no sentido de “não temer” ou “evitar por medo” (Mt 24.46; Mc 12.34; 15.43, “ousadamente”, em sentido literal, “tendo ousado, foi”; Lc 20.40; Jo 21.12; At 5.13; 7.32; Rm 15.18; 2 Co 10.2, “usar com confiança da ousadia”; 2 Co 10.12; 11.21; Fp 1.14; Jd 9); b) no sentido de resistir, suportar, resolver-ser a fazer uma coisa (Rm 5.7; 1 Co 6.1);).

Quem tem ousadia (assumindo a proposição positiva), ousa em sonhar, ter projetos para o presente e futuro. Tem disposição de empreender. É pró-ativo. É intenso e constante em suas atividades e realizações.

Quem administra a ousadia como aspecto negativo pode ferir pessoas, ser mal interpretado, demonstrar falta de submissão ou respeito às pessoas e principalmente a superiores.

Ou seja, Torna-se muito prejudicial à administração negativa da ousadia.

2.O QUE É SER CRISTÃO?

Aurélio afirma que cristão é como

“do, ou relativo ou pertencente ao cristianismo. Que o professa. Que sofre ou sofreu influência do cristianismo”.

Vine (Dicionário AT e NT, 2002, p. 521):

“Cristianos[...], ‘cristão’, palavra formada segundo o estilo romano, significando partidário de Jesus. Foi aplicado primeiramente aos tais pelos gentios e é encontrado em At 11.26;; 26.28; 1 Pe 4.16.[...] Tácito, escrevendo perto do final do século I, disse: ‘o vulgo os chama cristãos. O autor ou origem desta denominação, Christus, tinha, no reinado de Tibério, sido executado pelo procurador Pôncio Pilatos’ (Anais XV, p. 44). A partir do século II em diante, o termo foi aceito pelos crentes como título de honra”.

Ser cristão é alguém que foi conquistado pela graça salvadora de Jesus Cristo e dela usufrui benefícios eternos e temporais. É um representante do Reino de Deus na Terra; é alguém com disposição de ânimo para estender o cristianismo de mundo universal.

3.POR QUE É NECESSÁRIO O CRISTÃO TER OUSADIA NESTE MUNDO?

3.1Para ser cristão de fato e de direito: ter ousadia (coragem) de ser cristão;
3.2Para anunciar a Palavra;
3.3Para se posicionar como verdadeiro servo e representante de Deus;
3.4Para vencer as batalhas;
3.5Para entrar no santuário divino;
3.6Tudo isso se resume em coragem e destemor.


4.É PRECISO SABER ESCOLHER SER OUSADO


a) Negativamente Considerado – como já dito, se negativamente utilizada a ousadia pode causar problemas e desconfortos àqueles que cercam uma pessoa ousada, bem como pra ela própria.

b) Positivamente Considerado – Mas se administrado positivamente e com prudência, a ousadia traz benefícios para a pessoa e para os outros que estão no convívio, seja familiar ou não. Utilizada como ferramenta de crescimento espiritual e expansão do Reino de Deus, sempre é uma boa pedida.


5.OUSADIA NO ESPÍRITO

a) "Espírito de Ousadia"

Quando um crente acorda para a realidade do que ele é espiritualmente, nada pode ser obstáculo para a concretização do projeto de Deus na sua vida.
É preciso determinação, ação, persistência e constância (I Co 15.58) para desenvolver-se espiritualmente e ser útil para Deus.
Quando se fala de espírito de ousadia é preciso entender que isso evoca dentro do cristão uma parceria entre ele e o Espírito Santo: "Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre." (João 7:38).
Em primeiro lugar é tarefa de cada cristão se posicionar para saber o que quer fazer de sua vida.

Conta-se da biografia de Dwight Lyman Moody que: também conhecido como D.L. Moody, foi um evangelista e editor americano que fundou a Igreja Moody, a Escola Northfield, a Escola Mount Hermon em Massachusetts

Visitou Jorge Muller (considerado o Apostolo da Fé) no orfanato em Bristol. Desde aquele tempo, a Autobiografia de Muller exerceu tanta influência sobre ele como já o tinha feito O Peregrino, de Bunyan.
Entretanto, nessa viagem, o que levou Moody a buscar mais com Cristo foram as palavras proféticas por um grande ganhador de almas de Dubim, Henrique Varley: ‘o mundo ainda não viu o que Deus fará com, para, e pelo homem inteiramente a Ele’. Moody disse consigo mesmo: ‘Ele não disse por um grande homem, nem por um sábio, nem por um rico, nem por um eloqüente, nem por um inteligente, mas simplesmente por um homem. Eu sou um homem, e cabe ao homem mesmo resolver se deseja ou não consagrar-se assim. Estou resolvido a fazer todo o possível para ser esse homem”

Em segundo lugar, de posse dessa determinação, tem uma parceria muito poderosa com Deus: Pai, Filho e Espírito Santo para lhe dar a assessoria competente. Numa matéria encontrada no mundo virtual sobre espírito de ousadia segue a seguinte contribuição:

Estejam vigilantes, mantenham-se firmes na fé, sejam homens de coragem, sejam fortes (1Co 16.13).

Se você é uma pessoa cristã, e neste dia de hoje se sente desanimada, sem coragem e abatida, preste atenção no que a Bíblia lhe diz: “Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio” (2Tm 1.7).

Os dias não são iguais, porém, se o seu desânimo está sendo constante, ele é resultado da falta de exercício no poder e nos recursos de Deus, resumindo: você não tem exercitado a pratica da ousadia através da fé, que é manter-se corajosamente firme diante das responsabilidades, pressões e desafios da vida cristã.

Desde o princípio, Deus sempre anima seus filhos dizendo: “Sê forte e corajoso”, quer dizer: seja ousado.

O próprio Senhor Jesus animou um paralítico, uma mulher com hemorragia, um cego e aos seus discípulos com a seguinte palavra: “Coragem”. Antes de ir embora Jesus fortaleceu o ânimo dos discípulos dizendo: “Neste mundo vocês terão aflições; mas tenham bom animo, eu venci o mundo” (Jo 16.33).

É preciso ter ousadia para ser cristão, porque o verdadeiro cristão vive no sentido contrário ao mundo. Além do mais, a vida eterna não é dada aos covardes e aos medrosos.
Se você tem a vida comprometida com Jesus, a esperança de Deus habita em você e Deus ouve as suas orações. Portanto seja ousado! E a Bíblia nos encoraja ainda mais dizendo: “apeguemo-nos com toda firmeza à fé que professamos, pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas” (Hb 4.14-15).

Deus lhe deu poder, equilíbrio e amor; essas três qualidades fazem parte da seguinte promessa bíblica: “Deus ergue do pó o desvalido e do monturo, o necessitado” (Sl 113.7). Portanto tenha bom ânimo e humildemente seja um cristão ousado. Referencia :(Espírito de Ousadia, Fevereiro 17, 2009 por Lerviver -http://lerviver.wordpress.com/2009/02/17/espirito-de-ousadia/)

Diante do artigo supra percebe-se, portanto, a necessidade de uma conscientização maior por parte da nossa comunidade cristã em ser mais ousada na sua atuação de anunciar a vontade de Deus ao mundo.

No relato de Atos dos Apóstolos 4.10-13, John Maxwell apresenta na sua Bíblia de Liderança, um artigo que serve para nortear a vida cristã ousada:

CORAGEM: UMA PESSOA COM CORAGEM SE TORNA UMA MAIORIA (AT 4.10-13)

Em Atos 4, nós podemos ver a coragem na tela da vida de Pedro e João. Esses dois líderes foram jogados na prisão por estarem pregando o evangelho e por terem realizado um milagre (Vs. 1-4). Quando seus algozes os inquiriram a respeito do seu ministério, Pedro, pessoalmente, afirmou que o nome de Jesus, não seus próprios talentos, havia curado o aleijado (v. 10). Ele também explicou que a salvação vem por meio de nenhum ouro nome que não o de Jesus (v. 12). O que lhe assegurava tanta coragem? Não era instrução, mas sua experiência com Jesus (v. 13).

Liderança requer coragem. Todos os líderes precisam de coragem para:

(1)Buscar a verdade
Você nunca se encontrará, a menos que vocês entre a verdade.
(2)Mudar
Coragem é o poder para deixar a zona de conforto para trás.
(3)Expressar convicções
As convicções nos ajudam a ficar sós. O teste de coragem vem quando você faz parte da minoria.
(4)Superar obstáculos
Tudo quanto você fizer, alguém vai pensar que você está errado. Espere por problemas. Projete sua coragem.
(5)Aprender e crescer
Você ainda não aprendeu até que você tenha tentado. Corra riscos e faça algo diferente.
(6)Tomar a via principal
Depois do segundo quilômetro, não há engarrafamento.
(7)Liderar outros
Liderar é a expressão de coragem que impulsiona os outros a fazerem a coisa certa.

b) Ousadia no Espírito

O Espírito Santo é: guia, intercessor, companheiro, consolador, assistente, aquele que fortalece, dá vitória, revela, concede os dons espirituais e foi deixado para dar uma assessoria muito poderosa à Igreja de Cristo para cumprir Suas determinações.

Se algum cristão se acha fraco o Espírito Santo estará com ele para dar fortalecimento. No entanto, mais da metade dos cristãos hoje, infelizmente, não se utilizam do Espírito Santo para lhes auxiliar na realização da obra de Deus, razão porque são fracos, inconstantes e sem frutos. Em outras palavras não são ousados.
Num artigo publico na Internet (http://www.faculdadeteologica.com.br/a-ousadia-no-espirito/), pela professora de teologia Sílvia Leticia Carrijo, com o título “A Ousadia no Espírito”, ela traz um esclarecimento bem interessante para aquele que deseja ser ousado na obra do Senhor:

“Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás…” (Lucas 9.62)
“Tudo quanto te vier á mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças…” (Ec 9.10)

Vivemos hoje uma realidade onde o que impera é a ação. Levantamos cedo e já começamos a agir. Fazemos tantas coisas que esquecemos até de alimentarmos. Somos levados pelas circunstâncias da economia e trabalhamos muito. Quando o fim de semana chega estamos muito cansados, esquecemos então de tudo e até da nossa comunidade cristã (a Igreja).

“Muitos se enganam achando que a tarefa da Igreja deve ser feita pelos que pouco trabalham e pelos que vivem do ministério.”

Mas não se engane esta tarefa também é um prazer para você que pouco tempo tem.

“Isto pode chamar de ousadia”.

É triste quando encontramos alguém que ajudou na obra do Senhor e parou, acomodou-se e não sabe mais o que fazer.

Ele vê as pessoas precisando de uma palavra, de ajuda e não consegue sair do lugar, infelizmente é sempre o mesmo discurso: há pessoas mais novas para fazer este trabalho, mas não pensam que Deus quer usá-las naquele momento.

É como se deixasse o desânimo entrar e, como consequência, o Espírito Santo deixasse de agir e cai então no marasmo espiritual.

Nada mais passa a incomodá-lo e, se incomoda, não tem força para reagir, torna-se silencioso, inerte, improdutivo e reduzido a nada, como é descrito no Salmo 115.7 “Suas mãos não apalpam; seus pés não andam; som nenhum lhes sai da garganta”.

Urge sair desta situação! Os meios? A fé e a ousadia, elas nos aproximarão de Deus e d’Ele recebemos a provisão necessária.

Sim, é por meio de Jesus Cristo que temos ousadia e acesso à mudança. Se olharmos para Cristo veremos que Sua obra não nos foi deixada apenas para adornos de nossa vaidade cristã; mas para compreendermos o cristianismo e lembrarmos da nossa fé.

Não podemos nos aproximar de Deus em descuido, mas temos que ter ousadia, tanto agora como na glória futura. Não esqueça amado, que isto depende de nós mesmos. Portanto cheguemo-nos com ousadia e equipados com a fé de Deus. “Pelo qual temos ousadia e acesso com confiança mediante a fé n’Ele” (Ef 3.12).

Não significa que precisamos da obra para a salvação, mas que muitos precisam de nós para conhecer o Salvador.

É pelo Espírito que temos acesso ao Pai e isto leva-nos à comunhão completa. Então lembre-se que há muitos mortos na fé. Não se deixe morrer. Não pare. Não entre no comodismo. Vamos ousar em Cristo. Vamos viver como a Bíblia diz, “de fé em fé”.
Eu não conheço ousadia maior que a cruz de Cristo, e não conheço fé maior do que a pessoa que segue esta verdade deixada por Cristo. “Antes, com toda a ousadia como sempre, também agora, seja Cristo engrandecido no meu corpo, quer pela vida quer pela morte” (Fp 1.20).

6.CONSIDERAÇÕES FINAIS


[...] Deus nos chamou para sermos corajosos, desde o Éden Ele nos vê como homens e mulheres corajosos, nos deu funções e tarefas só dadas a valentes:
“Gn 1.28: E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.”

Muitas outras vezes Deus nos fala sobre sermos corajosos e ousados:

2 Tm 1:7 Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação.

At 4:31 Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus.

Portanto Deus nos vê e nos quer como filhos corajosos, porque Ele sabe que para sermos cristãos verdadeiros, precisamos ter coragem.

A coragem na vida cristã deve ocorrer em todas as áreas em especial quando somos tentados, com tentações de todos os tipos. O difícil é ter coragem para resistir a tentação. Muitos não conseguem e se declaram incapazes de vencê-las.

Mas Deus nos diz: 1 Co 10:13 Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar.

E mais, que a origem de nossas tentações são as nossas próprias cobiças: Tg 1:14 Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz.

Veja como podemos resistir as tentações:

1º. Ter coragem de identificar nossas fraquezas espirituais

Isso é complicado porque temos uma tendência de tentar sepultá-las, no profundo de nossas almas. Se formos perguntados: “qual seu defeito?”... pensamos, ficamos sem graça e dizemos: “meu principal defeito é ser bom...” Ser bom é qualidade! Na verdade não conseguimos nos expor e
dissimulamos!

2º. A Bíblia esta cheia de exemplos de homens que tinham fraquezas –

Ex 2.11, revela uma fraqueza de Moises., a ira, que o acompanhou até mesmo quando conduzia o povo pelo deserto (sua ira o levou a quebrar as tábuas dos mandamentos escritas pelo próprio Deus).

1 Reis 19.1: Elias no verso 5 mostra sua fraqueza a depressão. Após uma grande vitória ele foge por medo. O grande profeta reduzido a um deprimido pela fraqueza.

Gn 27.30: Jacó com sua fraqueza de ser enganador, desestabilizou toda a sua família, por que tinha um caráter com desvio. No verso 41 encontramos Esaú declarando que passou a ter ódio a Jacó, a ponto de desejar matá-lo.

Mt 26.34: Pedro também tinha sua fraqueza que era a inconstância... parecia uma montanha russa, ora avançando para o alto com força, ora despencando com uma velocidade absurda.

3º. Que áreas de nossas vidas devem ser confrontadas?

As vezes achamos que só as grandes falhas precisam ser tratadas, estas são logo que nos tornamos crentes, estas quase sempre não nos fazem pecar. O problema são as pequenas, quase imperceptíveis, com essas, sejamos francos, não gostamos de lidar, mas precisamos! Quando Jesus disse a Pedro que o trairia, ele não reconheceu sua fraqueza disse: Não! Terminou por negar a Jesus...mesmo antes tendo declarado que nunca o abandonaria.

O que Pedro deveria ter feito era cair aos pés do Senhor e reconhecer sua fraqueza, sua inconstância.

Quantas vezes Espírito Santo nos dá esta oportunidade!

Ele mostra a verdade de quem somos, mas nós preferimos fazer de conta que não ouvimos, olhamos para o outro lado, nem parece que é com a gente! Mas a Palavra de Deus diz que a tentação “depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.” (Tg 1.15)


4º. Identifique sua fraqueza, veja qual é –

Quando você não tem coragem para identificar suas fraquezas dificilmente conseguirá lidar com elas. Corra para Jesus. Ele é o único capaz de restaurar você e livrá-lo delas. Neste momento  Deus quer te dar a coragem para identificar e vencer suas fraquezas.

Ele te deu o espírito de intrepidez, de ousadia. Seja ousado hoje e saia daqui vitorioso sobre suas fraquezas.




REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BIBLIA SAGRADA VERSÃO DIGITAL. Programado por Marcelo Ribeiro de Oliveira: www.blasterbi.com.br.setembro, Setembro, 2005.
BOYER, Orlando. Heróis da fé: vinte homens extraordinários que incendiaram o mundo. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus –CPAD: 2002.
BIBLIA SAGRADA. A Bíblia Viva. 2 ed. São Paulo: Mundo Cristão, 2002.
_________________. A Bíblia de Referência de Thompson. São Paulo: Vida, 1994.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio Eletrônico do Século XII. Ver. 3.0. Lexikon Informática Ltda. Nova Fronteira/MGB Informática, Novembro, 1999.
Livro batismo  e  plenitude  do  Espírito  Santo - John R. W. Stott.


























Autor : Pr João Kennedy Sales de araujo
 


HOMEM CHEIO DO ESPÍRITO SANTO.









ESTÊVÃO, UM HOMEM CHEIO - ATOS 6:8-7:1-60

      Dentro deste grupo pioneiro que foi implantador da igreja em Jerusalém, Estevão teve um ministério de curta duração, mas de profundo impacto, pois ele desencadeou uma grande perseguição contra a igreja em Jerusalém que, na medida que se dispersava para outras regiões, foi proclamando o amor do Cristo ressurreto. Por isso, não é de se admirar que Lucas tenha dedicado tanto espaço em seu relato histórico a este homem que, verdadeiramente, era um “HOMEM CHEIO”... (v.8)

          I – CHEIO DE GRAÇA (6:8)

                 Graça salvadora e aperfeiçoadora (Tt 2:11-12 “ a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente...”)

         II – CHEIO DE PODER (6:8)

                  Não só admitia que Deus é poderoso, mas que Seu poder seria operado através dele

                  (Ef 3:20-21). O poder apostólico se estendera ao servidor das mesas das viúvas.....

        III – CHEIO DE SABEDORIA (6:9-10a)

                  As sinagogas eram espaços públicos de discussão nos quais se permitia ler e comentar as Escrituras (Lc 4:16-22). Ao aproveitar esta oportunidade cumpriu-se em Estevão a promessa feita por Jesus em Lc 21:12-15 (“...assentai em vosso coração de não vos preocupardes com o que haveis de responder, porque eu vos darei boca e sabedoria a que não poderão resistir, nem contradizer todos quantos se vos opuserem”).

       IV – CHEIO DO ESPÍRITO (6:10b; 6:5)

               O testemunho de Estevão não foi resultado de sua inteligência, cultura ou facilidade de comunicação, mas da capacitação dada pelo Espírito, conforme promessa de At 1:8. Lucas diz que esta plenitude do Espírito era tão grande que ele “falava pelo Espírito”.

       V – CHEIO DE DEUS (6:11-7:1-44)

              Como seus interlocutores não o venceram na discussão, agora partem para a violência: primeiro  em forma de “suborno” (v. 11 – pessoas pagas para colocarem na boca de Estevão aquilo que ele de fato não disse sobre Moisés e Deus); segundo pela sublevação do povo (v. 12-14 – levado ao sinédrio pelo povo, com apoio dos anciãos e escribas, foi acusado por falsas testemunhas de desrespeitar o templo e a lei ensinando a supremacia de Jesus sobre o templo e a lei). Lucas, apegado aos detalhes, diz que todos os opositores de Estevão tiveram uma visão incrível dele: “viram o seu rosto como se fosse de anjo” (v. 15). Estevão estava tão cheio de Deus que sua pele revelava a glória de Deus! John Stott percebe o extraordinário contraste: Estevão, acusado de desrespeitar Moisés e a lei, tem no rosto o mesmo brilho experimentado por Moisés quando recebeu de Deus a lei, brilho percebido por todo o povo de Israel! (Ex  34:29-35). Estevão, assim, no coração, na palavra e até na aparência evidencia ser um homem cheio de Deus! No capítulo 7, aproveitando uma pergunta do sumo sacerdote (v. 1), ele fala novamente do Deus de quem ele está cheio, o “Deus que não está limitado a um lugar, o Deus vivo, Deus em movimento, em marcha, que sempre chamava seu povo para novas aventuras, sempre acompanhando-o e guiando-o em sua caminhada” (Stott), o Deus que se manifestou de forma intensa, dentre outros,  na história de vários homens como Abraão, Isaque, Jacó, José, Moisés, Josué, Davi, Salomão.... Estevão, porém,  inspirado pelo Espírito, dedica maior atenção à história de Abraão, José e Moisés....

      1.) ABRAÃO: Deus da promessa (7:2-8)

     Se olharmos racionalmente para o que Deus fez  com Abraão, vamos dizer que ELE é louco: apoderou-se de um chefe de tribo nômade, tirou-o da adiantada civilização da Caldéia, conduziu-o pelos desertos a um país completamente desconhecido, onde ele possuiria apenas uma tumba, prometeu-lhe que faria dele uma nação, mas esperou que ele e sua esposa chegassem aos 100 anos para lhes dar um filho, e quando o menino cresceu ordenou uma loucura maior ainda – exigiu que ele fosse imolado num sacrifício.... Mas onde a razão humana vê loucura, evidencia-se o extraordinário amor de Deus: amor que O leva a chamar um homem, fazer dele uma nação, da nação enviar um Messias Salvador e nesse Messias abençoar todas as nações da terra!

     Abraão recebeu a promessa e creu na promessa, por isso ele é chamado de “o pai dos crentes”(Rom 4:1-3, 16-22 “.. Abraão creu em Deus e isso lhe foi imputado para justiça... Abraão é pai de todos nós porque creu no Deus que vivifica os mortos e chama à existência às coisas que não existem; Abraão, esperando contra a esperança, creu, para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe fora dito.. e sem enfraquecer na fé... não duvidou, por incredulidade, da promessa de Deus, mas pela fé se fortaleceu, dando glória a Deus, estando plenamente convicto de que ele era poderoso para cumprir o que prometera”; Gl 3:6-9 “Abraão creu em Deus e isso lhe foi imputado para justiça, sabei, pois que os da fé é que são filhos de Abraão”). Estevão está cheio de fé na promessa de Deus (6:5).

         Estevão está cheio do Deus de Abraão – o Deus da promessa: o Deus que o salvou, comissionou, e usou poderosamente!

     2. JOSÉ: Deus da providência (7:9-17)

    Se olharmos racionalmente com o que Deus permitiu que acontecesse com José, vamos dizer que Ele é um louco: que Deus é esse que quer fazer de José o governador do Egito, para por meio dele abençoar seu povo e todos os povos que enfrentariam sete anos de profunda fome, mas antes disso permite que José seja vendido pelos irmãos como escravo, reconhecido como morto pelo seu próprio pai,  acusado de assédio sexual pela mulher do seu patrão e preso por dois anos numa masmorra? Deixemos que o próprio José responda (Gn 50:19-21 “Não temais, acaso, estou eu em lugar de Deus? Vós na verdade intentastes o mal contra mim; porém, Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita em vida ; não temais, pois, eu vos sustentarei a vós outros e a vossos filhos. Assim os consolou e lhes falou ao coração”).

     Estevão está cheio do  Deus de José – o Deus da providência, razão pela qual ele não teme qualquer tribunal humano, qualquer poder humano, qualquer força humana, qualquer instituição humana, pois confia plenamente na Sua soberana providência!

      3. MOISÉS: Deus da libertação (7:18-44)

    Se olharmos racionalmente para o que Deus permitiu que acontecesse com Moisés, vamos dizer que Ele é um louco: que Deus é esse que deseja fazer de Moisés um libertador, mas antes permite que ele seja colocado ainda bebê nas águas do Nilo, dentro de um cesto, e seja criado como filho dentro do palácio do faraó que escravizava Seu povo, seja depois conduzido como fugitivo no deserto, permitindo que lá fique por 40 anos, e só retornando ao Egito para cumprir seu papel de libertador com 80 anos? Mas o que aos olhos humanos parece loucura aos olhos de Deus é apenas a difícil escola da fé na qual Moisés foi devidamente aprovado (Hb 11:24-29)

    Estevão está cheio do  Deus de Moisés – o Deus da libertação:  experimenta com intensidade a sua libertação da condenação do pecado, do poder do pecado e no futuro da presença do pecado.

      CONCLUSÃO: quais são as conseqüências diretas do fato de Estevão estar cheio de graça, de poder, de sabedoria, do Espírito e de Deus? Que lições podemos e devemos aprender com elas?

1. OUSADIA: Confrontou quem precisava ser confrontado (7:51-53)

    Cheio da graça, do poder, da sabedoria, do Espírito e de Deus, Estevão tratou seus juízes como “irmãos e pais” (7:2), mas não trouxe uma mensagem adocicada, suave, leve, superficial... e sim uma mensagem de questionamento, firme, transparente, dura, confrontadora: “vocês estão se opondo ao Espírito Santo... (7:51); vocês não mudaram nada – continuam, como sempre foram, violentos com os profetas de Deus (7:52a); vocês sabiam que Deus mandaria o Justo – o Messias – mas quando Ele veio ao invés de acolhê-lo vocês o assassinaram (7:52b); vocês foram separados por Deus para conhecer, ensinar e guardar a Lei, mas vocês desprezaram, desobedeceram, abandonaram a lei (7:53)”.

     Sem perdermos o bom-senso e o equilíbrio precisamos pedir ao Espírito que nos encha de uma  autoridade de profetas que nos leve a dizer a verdade a quem precisa ouvir à verdade, sem medo das consequências da comunicação da verdade!

2. OPOSIÇÃO: Foi alvo de uma ira profunda e mortal (7:54; Mt 5:11-12)

         Se por uma palavra mais suave de Pedro e dos apóstolos (At 5:29-33), as autoridades do sinédrio tentaram matá-los, por uma palavra tão forte como a de Estevão a reação seria mesmo uma profunda oposição. Agora, até Gamaliel, com sua reconhecida moderação não esboçou qualquer defesa de Estevão...

         Sabendo que Jesus nos garantiu a vitória, mas uma vitória com sofrimento.... (Jo15:18-20; 16:1-3, 20, 33; I Pd 5:10-11),  vamos pedir ao Espírito que nos encha de paciência perante as situações de adversidade!

3. REVELAÇÃO: viu o lugar das decisões e o Senhor de todas as decisões (7:55-56)

        Cercado por suborno, sublevação, mentira, incompreensão, ódio, violência, incredulidade, Estevão cheio do Espírito contempla o céu e a glória de Deus, contempla o cenário das decisões que delineiam a história humana e contempla Jesus  -  o Senhor de todas as decisões! Daqui a alguns segundos ele seria a primeira testemunha de Jesus a derramar seu sangue, mas antes ele como que vê o Senhor de pé chamando-o para perto de si....

       Esta é a nossa maior necessidade: viver na terra com os olhos fixos nos céus e no Senhor dos céus e da terra “não atentando nas coisas que se vêm, mas nas que se não vêem, porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêm são eternas” (II Co 4:18), Vamos pedir ao Espírito que nos de esta revelação celestial!

4. COMPAIXÃO: estava tão cheio de Jesus que agiu como Jesus (7:57-60)

        Ao ouvirem que Jesus, a quem eles mataram, estava à direita de Deus numa posição de autoridade, consideraram a palavra uma blasfêmia tão grande que imediatamente começaram a executar Estevão que, à semelhança do próprio Jesus na cruz, depois de pedir pelo acolhimento de seu espírito, expressou um profundo amor por seus algozes (7:60).

        Se Jesus está no controle de todas as coisas, como de fato está, precisamos pedir ao Espírito que nos encha de um amor perdoador que vê nas ofensas recebidas uma oportunidade de transformação dos nossos ofensores!

5. MARTÍRIO: estava tão cheio de Jesus que morreu como Jesus – assassinado! (7:60)

        Jesus nos amou até o fim (Jo 13:1) e espera que, se necessário, façamos o mesmo por Ele (Jô 15:13). Vamos pedir ao Espírito que nos encha deste amor maior.....

6. REPOSIÇÃO: Na morte de Estevão o Senhor da Igreja começa a levantar um novo missionário   (7:58, 8:1)
PASTOR JOÃO KENNEDY MENSAGEM EM 06/02/2013